quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Obediência aos lideres da igreja! Porque devo obedecer aos pastores da minha igreja?

Por que devemos obedecer aos pastores? Há hierarquia na igreja?

Conquanto a Palavra de Deus ordene: “Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas” (Hb 13.17), aumenta a cada dia o número de cristãos rebeldes, que não se sujeitam aos líderes eclesiásticos chamados verdadeiramente por Deus e pensam que estão certos. Não respeitam pastores, verberam contra a liderança e afirmam que só devem obediência a Deus. “Igreja não é quartel general”, afirmam. E, generalizando, chamam qualquer liderança firme e segura de coronelista. Na Bíblia, a Palavra de Deus, vemos que o próprio Deus prioriza e hierarquiza. Ele — que podia ter formado todas as coisas com uma única palavra — fez questão de formar tudo a seu tempo, dia após dia (Gn 1). O Senhor também pôs em ordem as tribos de Israel (Nm 2). Nosso Deus é um Deus de ordem (1 Co 14.40).

De acordo com 1 Coríntios 12.28, vemos que Deus hierarquiza dons e ministérios. A hierarquia, nesse caso, existe, não para que o portador de certo dom e ministério se considere superior aos outros, e sim para que haja ordem. Deus pôs na igreja “primeiramente apóstolos” (1 Co 12.28; Ef 4.11). Os apóstolos são homens de Deus, enviados por Ele, com grande autoridade, e não autoritarismo, que formam a liderança maior da igreja — independentemente dos títulos empregados pelas denominações (pastores-presidentes, bispos, reverendos, pastores, presbíteros, etc.). Mas não se deve confundir títulos com ministérios e dons. Estes vêm do Espírito Santo, enquanto os títulos são conferidos pelos homens. Na Assembleia de Deus fiel ao seu perfil teológico-eclesiástico-consuetudinário original, por exemplo, não existe o título de apóstolo. Mas isso não significa que não exista o ministério apostólico. Este, segundo a Bíblia, perdurará “até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo” (Ef 4.13).

O texto de 1 Coríntios 12.28 afirma, também, que Deus pôs na igreja “em segundo lugar, profetas”, mencionados em Efésios 4.11 na mesma posição, depois dos apóstolos. Os profetas que receberam, de fato, o ministério profético, não devem ser confundidos com os crentes que falam em profecia nos cultos, também chamados de profetas em 1 Coríntios 14.29. O ministério profético neotestamentário é formado por pregadores (pregadores, mesmo!) da Palavra de Deus, portadores de mensagens proféticas. Em seguida, a Palavra do Senhor, ainda em 1 Coríntios 12.28, assevera: “em terceiro, doutores”. Veja como essa hierarquização ocorria na igreja de Antioquia da Síria: “havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé, e Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo” (At 13.1). Nesse caso, os doutores, que atuam juntamente com os profetas, são ensinadores da Palavra de Deus. Há casos, como o de Paulo, em que três ou dois dos ministérios mencionados (apóstolo, profeta e doutor) estão presentes (1 Tm 2.7). Os ministérios de pastor e evangelista certamente fazem parte dos três escalões mencionados em 1 Coríntios 12.28, posto que são títulos relacionados com a liderança maior da igreja.

Em 1 Coríntios 12.28, também está escrito: “depois, milagres, depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas”. Milagres só vêm depois de apóstolos, profetas e doutores? Isso mesmo. Na hierarquização feita por Deus, o ministério da Palavra é mais prioritário que os milagres, haja vista serem estes o efeito da pregação do Evangelho (Mc 16.17). Observe que João Batista foi considerado por Jesus o maior profeta dentre os nascidos de mulher, mesmo sem ter realizado sinal algum (Jo 10.41). Se não houver hierarquia nas igrejas, para que servirão os cargos e funções? Qualquer pessoa, dizendo-se usada por Deus, poderá mandar no pastor. Aliás, isso estava acontecendo na igreja de Tiatira, e o próprio Senhor Jesus repreendeu aquele obreiro frouxo que não estava exercendo a liderança que recebera do Senhor (Ap 2.20).

Deus é Deus de ordem! Os princípios divinos da priorização e da hierarquização aparecem em várias outras passagens neotestamentárias. Em 1 Coríntios 14.26, vemos que, no culto coletivo a Deus, deve haver ordem. Quanto à ressurreição, está escrito: “cada um por sua ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda” (1 Co 15.23). E, na Vinda de Jesus, tal princípio também será aplicado: “os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens” (1 Ts 4.17). Em 1 Tessalonicenses 5.23, vemos que Deus prioriza o espírito, na santificação: “e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”. Essa ordem mostra que a obra santificadora do Espírito Santo ocorre de dentro para fora, e não de fora para dentro.

Finalmente, o apóstolo Paulo parabenizou os crentes da cidade de Colossos porque naquela igreja havia ordem (Cl 2.5). E ordem também significa respeitar a hierarquia! Afinal, os ministérios e dons não são invenção humana. Eles foram dados por Deus para edificação do Corpo de Cristo (Ef 4.11-15).

Ciro Sanches Zibordi

 Pergunta: "Devemos obedecer aos nossos pastores?"

Resposta:
O versículo que mais diretamente se refere a esta questão é Hebreus 13:17: "Obedecei a vossos guias, sendo-lhes submissos; porque velam por vossas almas como quem há de prestar contas delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil."

Os pastores ficam profundamente feridos em ver pessoas ignorando o conselho de Deus que eles compartilham. Quando as pessoas ignoram a Palavra de Deus, elas o fazem não só para a sua própria dor, mas também em detrimento dos que as rodeiam. Os jovens têm a tendência de ignorar o conselho dos mais velhos, cometendo o erro de confiar em sua própria sabedoria e no conselho de seu próprio coração. Um pastor piedoso compartilha preceitos da Palavra de Deus porque deseja servir a Deus e alimentar o rebanho com alimento espiritual que resultará em experimentar a vida abundante que Jesus prometeu (João 10:10b).

O oposto do pastor piedoso é o "falso pastor" que não tem como objetivo o bem-estar do rebanho, mas está mais interessado em manter o controle e exercer domínio sobre os outros, ou deixa de estudar a Palavra de Deus e, portanto, ensina os comandos dos homens em vez dos de Deus. Os fariseus no tempo de Jesus eram culpados de serem "guias cegos" (Mateus 15:14). Há também repetidas advertências sobre falsos mestres em Atos, nas Epístolas e em Apocalipse. Devido à existência desses líderes egoístas, pode haver momentos em que desobedecemos ao homem a fim de obedecermos a Deus (Atos 4:18-20). No entanto, as acusações contra um líder de igreja não devem ser feitas levemente e precisam ser corroboradas por mais de uma testemunha (1 Timóteo 5:19).

Os pastores piedosos realmente valem ouro. Eles são geralmente sobrecarregados, mal pagos, carregam uma grande responsabilidade e, como Hebreus 13:17 afirma, um dia terão de prestar contas dos seus ministérios diante de Deus. Primeiro Pedro 5:1-4 ensina que eles não devem ser ditadores, mas devem liderar pelo seu exemplo e ensinamento saudável (1 Timóteo 4:16), em humildade de coração. Como Paulo, eles devem ser como mães que realmente amam seus filhos. Os pastores piedosos estão dispostos a se entregar pelo seu rebanho e governam com mansidão (1 Tessalonicenses 2:7-12, João 10:11). São também caracterizados por sincera devoção à Palavra e à oração (Atos 6:4) para que possam governar no poder e sabedoria de Deus e dar à igreja carne espiritual para produzir cristãos saudáveis e vibrantes. Se esta for uma descrição próxima do seu pastor (nenhum homem na terra é perfeito), ele é digno de "dupla honra" e obediência enquanto declara os ensinos claros de Deus (1 Timóteo 5:17).

Portanto, a resposta à pergunta é que sim, devemos obedecer aos nossos pastores. Devemos também orar por eles sempre, pedindo a Deus que lhes conceda sabedoria, humildade, amor ao rebanho e proteção enquanto protegem aqueles sob os seus cuidados.


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